O Centro Municipal de Patologia Clínica da Prefeitura de Limeira iniciou neste mês a implantação do Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde), uma ferramenta de gestão de saúde desenvolvida pelo governo estadual. Essa é mais uma medida para aperfeiçoar o atendimento prestado aos munícipes e, ao mesmo tempo, superar o desafio de lidar com o aumento da demanda de 57,2%.
Segundo o secretário de Saúde, Gerson Hansen Martins, o software permitirá que o município saiba com exatidão o volume de exames solicitados pela rede pública, evitando assim a formação de filas. Ele enfatizou, ainda, que a equipe do laboratório já está capacitada para operar o novo sistema, que é fornecido gratuitamente. “O Cross irá facilitar todo o procedimento de marcação de consultas, bem como a coleta e a entrega dos exames”, ressaltou.
O Centro, que funcionará como “unidade piloto”, já está usando o programa. A partir de 1º de agosto, todos os exames realizados no Centro serão agendados integralmente por intermédio do Cross. “Trata-se de um avanço excepcional para garantia de um atendimento com mais qualidade ao cidadão”, afirmou o prefeito Mario Botion.
A farmacêutica-bioquímica e coordenadora da unidade, Marisa Lang, destacou que a meta é buscar sempre a qualidade e a tecnologia de ponta para dar suporte ao diagnóstico médico. “Trabalhamos com uma visão humanizada, procurando sempre fazer o melhor”, frisou. Atualmente, o Centro conta com uma equipe formada por 12 profissionais de nível superior (farmacêuticos-bioquímicos e biomédicos), sete técnicos, três auxiliares e três funcionários da administração.
Os investimentos em tecnologia, de acordo com Marisa, são constantes. Equipamentos de última geração são capazes de realizar exames totalmente automatizados, ou seja, sem contato manual. Uma das máquinas do Departamento de Bioquímica, por exemplo, é capaz de realizar 800 exames por hora, operando simultaneamente diversas análises. Os equipamentos são conectados a computadores, que permitem a emissão de gráficos e o acompanhamento em tempo real do processo. “A tecnologia não dispensa a presença do profissional. Se necessário, ele pode pedir a confrontação do exame”, afirmou Marisa.
Todo o rigor técnico dos exames começa ainda nos Centros de Saúde da Família. Ao coletar alguma amostra, um software específico para cadastramento de exames é abastecido com dados pessoais do paciente, nome do médico solicitante e procedimentos requisitados. Cada amostra ganha um código de barras, o que confere mais segurança e confiabilidade ao processo. Os benefícios da informatização também estão presentes no momento da retirada do exame. Com uma senha, os pacientes podem obter o resultado online.
No último ano, a procura pelo atendimento Centro Municipal de Patologia Clínica aumentou significativamente. Segundo Marisa essa tendência deve-se à crise econômica, que levou muitas pessoas a migrarem do sistema privado de saúde para o público. Neste ano, foram realizados, de janeiro a junho, 416.147 procedimentos, contra 264.591 registrados no mesmo período de 2016. “Esse aumento também deve-se à qualidade e ao reconhecimento dos serviços prestados”, afirmou Marisa.
Pesquisadores ingleses encontraram a receita para a produção infinita de sangue humano em laboratório. O segredo é usar células-tronco “imortais”, ensinadas a produzir hemácias infinitamente. Apesar de ainda serem necessários mais testes, a técnica tem potencial para ser empregada em transfusões, especialmente no caso de pacientes com doenças no sangue ou com tipos sanguíneos raros. Pessoas que possuem, portanto, maior dificuldade de encontrar doadores compatíveis. A produção de hemácias em laboratório já é uma técnica dominada pelos cientistas.
Ela consiste, basicamente, em extrair células-tronco dos pacientes e estimulá-las a se replicar em hemácias. O método, no entanto, não é tão eficaz – muito por causa de seu baixo rendimento. Antes de morrerem, tais células conseguem produzir em média 50 mil glóbulos vermelhos em bom estado. Apesar do número ser na casa dos milhares, estamos falando em estruturas muito pequenas: para se ter uma ideia, uma bolsa de sangue pode conter cerca de 1 trilhão delas – o que demanda repetidas transfusões e torna o processo mais demorado.
A técnica desenvolvida na Bristol University, no entanto, se destaca por melhorar o rendimento do processo – o que é possível por meio de técnicas complexas de engenharia genética. Os cientistas encontraram uma forma de “pausar” o desenvolvimento das células-tronco, em um estágio anterior ao seu desenvolvimento completo (fase adulta). Nesse momento, elas têm a capacidade de se reproduzir infinitamente, o que pode servir para criar um estoque infinito de hemácias. “Conseguimos cultivar litros [de sangue]”, disse em Jan Franyne, uma das pesquisadoras que conduziram o estudo, em entrevista à BBC. Outro ponto positivo do “sangue artificial” seria seu risco reduzido de transmissão de doenças infecciosas, uma vantagem em comparação ao sangue obtido por doações. O preço para a realização de transfusões em série, no entanto, é um entrave para a aplicação em larga escala. Isso significa que o papel dos doadores ainda não será tomada por completo.
“Os pacientes que potencialmente se beneficiarão são aqueles em condições mais complicadas, como anemia falciforme e talassemia (doenças relacionadas à oxigenação do sangue), que requerem múltiplas transfusões e alta compatibilidade entre tipos sanguíneos”, argumenta o professor Dave Anstee em entrevista ao site da Bristol University.
A primeira atividade do dia 27, do 50º Congresso da SBPC/ML, foi a inauguração da Exposição Histórica, que reuniu diversos ex-presidentes da Sociedade. O presidente da SBPC/ML, Alex Galoro, e o presidente do 50º CBPC/ML, Armando Fonseca, cortaram a fita de abertura.
A exposição histórica fica no segundo piso do casarão anexo ao Centro de Convenções SulAmérica. Os visitantes podem viajar pela história dos 50 Congressos da SBPC/ML, com fotos e objetos dos eventos e imagens que relembram acontecimentos de destaque na e´poca, com opáginas de jornais e revistas. Na abertura, Alex Galoro agradeceu a presença e lembrou: São todos vocês que fizeram essa história conosco.
É impossível dizer que um congresso foi melhor do que o outro. Cada um representa um passo importante na trajetória. Uma história não começa com o de hoje, mas se constrói ao longo de uma jornada, disse Armando Fonseca, logo após inaugurar oficialmente a Exposição Histórica.
Uma das atividades programadas do 50° Congresso da SBPC/ML foi o lançamento do livro com as recomendações da SBPC/ML sobre a realização de exames em urina. Nairo Sumita, coautor, coordenador e diretor científico da SBPC/ML foi quem conduziu o lançamento, no dia 29, no Espaço SBPC/ML.
Os congressistas prestigiaram o evento e lotaram o salão. Os autores da publicação estavam presentes, compartilhando o momento especial do evento: Adagmar Andriolo, Álvaro Pulchinelli Jr., Antonia Maria de Oliveira Machado, Armando Alves da Fonseca, Bianca Verrastro Antunes, Carlos David Araújo Bichara, Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, Carmen Paz Oplustil, Cecília Godoy Carvalhães, Célia Regina Garlic, Daniel Kanaan Faria, Flavio Ferraz de Paes Alcantara, Gianna Mastroianni Kirsztajn, Jacqueline Harouche Rodrigues da Fonseca, José Antonio Tesser Poloni, Kaline Maria Nogueira Lucena Fonseca, Luis Gonzaga Moura Xavier, Maria Elizabete Mendes, Maria Rita Elmor, Marinês Dalla Valle Martino e Paula Virgínia Bottini.
O conceito prático do livro, a participação do grupo de colaboradores com vasta experiência na área e o apoio dos patrocinadores Roche e Sysmex foram alguns dos pontos comentados pelo diretor científico da entidade.